segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A doença de Lula

Mal Lula foi internado, os petistas e puxa-sacos de plantão começaram a dizer que ele estava com a pressão alta, coitado, porque estava "trabalhando demais". Ora, todos sabem a que tipo de "trabalho" Lula se dedica há décadas. Trabalhar, trabalhar mesmo, ele não trabalha desde 1975, quando largou o batente para virar líder sindical. Desde então, tem-se dedicado em tempo integral à política. Nisso sim, ele tem-se revelado um trabalhador incansável. Obsessivo, até.
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Desde que voltou das férias, Lula tem cruzado os céus do País numa maratona de comícios travestidos de inaugurações de obras do PAC (muitas delas, sequer iniciadas), com objetivos claramente eleitoreiros, a fim de alavancar a candidatura de sua pupila Dilma Rousseff, que teima em não decolar. A tarefa é difícil, hercúlea. Lula vai ter que suar muito para convencer a todos que a "mãe do PAC" não é um poste. Vai ter que usar toda sua habilidade de animador de auditório para tornar a ex-companheira Stela da VAR-Palmares algo palatável. Não vai ser fácil.
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Lula tem motivos de sobra para estar estressado. Além de Dilma estar patinando nas pesquisas, obrigando-o a expandir o recadastramento do bolsa-cabresto até o dia 31 de outubro (por "coincidência", dia do segundo turno das eleições deste ano) e a intensificar sua rotina de viagens e comícios pré(?)eleitorais, a realidade insiste em contrariar seus planos. A última semana, por exemplo, foi particularmente difícil para Lula e seus áulicos.

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