sábado, 19 de junho de 2010

Vergonha inaceitável para a nação rubro-negra

A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, usando uniforme com a marca oficial do clube, foi a um restaurante do Rio de Janeiro para assistir ao primeiro jogo da seleção brasileira junto com político do seu partido PSDB, o candidato tucano José Serra, apesar do estatuto do clube proibir esse tipo de manifestação.

Em um evento em que deixava transparecer que comparecia como Presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Patrícia Amorim posou para fotos entregando camisa personalizada do clube a José Serra. A camisa, que tinha o número 45 às costas e o nome de Serra (sic), ainda era do terceiro uniforme do Flamengo, que estranhamente ostenta as cores do PSDB: Azul e Amarelo. Patrícia Amorim, que parece desconhecer o estatuto do próprio clube que
dirige, se comportou como se fosse um apoio oficial da instituição Flamengo
à candidatura de Serra.

Cabe lembrar à ex-nadadora olímpica que o artigo 24, parágrafo XIII do estatuto do Flamengo diz:

*Art. 24 - Ao sócio, além de outros deveres previstos neste Estatuto, impõem- se: *

*XIII - abster-se de usar ou envolver o nome do FLAMENGO em campanha, de qualquer natureza, estranha aos objetivos do Clube.* Lembrando ainda que o presidente do Flamengo é, sobretudo um sócio, e mais do que ninguém é obrigado a respeitar o estatuto do clube.
Além de desrespeitar o estatuto nesse caso, não é a primeira vez que Patrícia confunde sua vida política pessoal com suas atribuições como presidente do clube com a maior torcida do país, o episódio da escolha da camisa azul e amarela gera muita polêmica na torcida, que é o maior
patrimônio do clube. A desculpa de homenagear a origem do remo só faria sentido se o uniforme fosse azul e dourado, afinal essas eram as primeiras cores que os remadores ostentaram a partir de 1895, ano de fundação do clube. Aproximar dourado de amarelo é forçar a barra, ela quis usar as cores que ela costuma usar em suas campanhas políticas.

Desde as primeiras pesquisas de maior torcida feitas por jornais há décadas, a torcida do Flamengo ficou conhecida por ser um fenômeno de massas, sua composição é na sua maioria de pessoas humildes, de comunidades mais pobres, espalhados por todo o território nacional.

O Flamengo é pluralidade, não pode ser associado a um partido ou uma candidatura, seja lá de quem for. Se fosse definir a ideologia da torcida do Flamengo diria que é majoritariamente de esquerda, no extremo oposto ao caminho que trilha o PSDB, ela foi uma das primeiras, senão a primeira a usar bandeiras com imagens de Che Guevara, de Cuba, da Palestina. Como
associar com o clube uma candidatura que representa um elitismo que em nada tem a ver com a história do clube e com a sua torcida? Lá em São Paulo, a polícia do então governador Serra PROIBIU a torcida do Monte Azul de ostentar bandeira de Che como se ainda estivéssemos na ditadura, alegando que estimula a violência.

Eu espero que o conselho deliberativo coloque um freio nessa tentativa de associar uma instituição centenária como o Flamengo com um partido envolvido com tanta corrupção e que se aliou a tudo que tem de pior na sociedade brasileira. O estatuto é claro, a presidente usou o nome e marca do clube em campanha estranha aos objetivos do clube, talvez não seja caso de impeachment, mas ela deve ser advertida para não usar mais o Flamengo para beneficiar seu partido.

Saudações,

Osmar Barboza

Comentário do Blog:

Patrícia Amorim, condenando seu comportamento de Presidente de uma nação, demonstrando as suas preferências em assunto que não lhe compete. Melhor teria sido ficar na sede da Gávea e assistir o jogo no telão, com os atletas do clube.

Meus amigos sabem que sou flamenguista velho-de-guerra e me causou espécie a atitude de dona Patrícia, envolvendo-se em assunto que pode lhe ser simpático pessoalmente mas, não podendo mostrar simpatias sem que seus pares tenham sido consultados. E os Estatutos proíbem!!!

O Flamengo, todos sabem, é uma NAÇÃO, com o maior número de admiradores espalhados pelos quatro cantos da terra.

E essa coletividade de adeptos de um clube esportivo, a quem chamam popularmente de "torcida", por certo não concordará que a descuidada Presidente convide um candidato à cadeira do Planalto para almoçar em um famoso restaurante carioca, fique sob os holofotes das TVs e flash de repórteres, tudo para prestigiar o político que, sejamos sinceros, nem tão simpático ao povo carioca ele é, sendo a recíproca é verdadeira.

Para coroar esse inusitado gesto, essa escorregada na maionese tucana, a Presidente cobre o antipático candidato com o MANTO SAGRADO rubro-negro. Estivesse vivo Ary Barroso ela tomaria um solene "gongo" e seria retirada da presidência ao som da gaitinha. Talvez melhor faria aquele chefe de torcida flamenguista que andava com um tijolo enrolado debaixo do braço para retirar, na base da tijolada.

E a candidata Dilma, vai ganhar camisas com seu nome e número do PT?
E a valente Marina, vai ser prestigiada também ou o nosso Flamengo de hoje já é gaiola de Tucano?

Ah! dona Patrícia, se o seu queridinho perde as eleições, como fica o nosso Flamengo?

A senhora vai gritar: "Revanche, não!?"

Melhor é ouvir a voz do povo: "Quem não tem tacho grande não compra cabeça de boi".

Dia desses, se a nossa Sede for pichada com frases pouco simpáticas, não vá a senhora reclamar com o agora 1º Ministro, o nosso Galinho de Quintino. Na Presidência Zico não faria tal asneira pois o seu comportamento sempre foi exemplar e sabe muito bem que FUTEBOL é uma coisa e POLÍTICA PARTIDÁRIA é outra. Nem usaria da presidência como escada para maiores vôos.

Francamente eu não sabia que a Presidente havia sido vereadora do PSDB. Vê-se, o nome indica
o produto: Patrícia=Patricinha. Por causa das maléficas administrações de cartolas, socialites e outros menos votados é que o nosso clube está, atualmente, atolado em águas pesadas, turvas.

Que a Presidente Patrícia dispa o manto de tucana e vá cuidar o nosso Flamengo que anda muito mal das pernas.



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