segunda-feira, 8 de junho de 2009

CAIU OU FOI JOGADO?

Nota-se uma preocupação velada, porém evidente para quem se abastece nos noticiários oficiais, de afastar a hipótese de atentado na queda do Airbuns da Air France. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, político experiente e ex-presidente do STF, passa longe do “atentado” como diabo da cruz, deixando a seus assessores a tarefa de despistar.

Para eles, as manchas de óleo avistada no mar atestam que não houve explosão no céu, portanto não houve atentado. Bobagem. Pior: bobagem que reafirma a preocupação em afastar a hipótese terrorista que entre especialista do setor aeronáutico é dita como bastante provável.

O avião caiu ou alguém o jogou para baixo? É difícil se entender como uma aeronave – nada menos que um Airbus 330 – possa precipitar de repente devido a uma turbulência. Na história da aeronáutica não se encontram casos de turbulência capazes de vencer um avião desse porte.

Claro, sempre há um começo, mas aeronaves da categoria do A330 caíram sem aviso prévio e sem lançar alarmes apenas quando acertadas por foguetes lançados de navios ou submarinos, pela explosão de bombas a bordo ou por atitudes suicidas de passageiros ou pilotos.

Anos atrás, um avião da Alitalia foi acertado por um foguete lançado de um navio norte-americano disparado por um marinheiro bêbado; um Boeing da Japan Airlines com quase 500 pessoas a bordo explodiu ao deparar com um míssil russo.

Por si só a mancha de óleo encontrada nas proximidades de Fernando de Noronha não autoriza a dascartar qualquer hipótese. Se pensarmos que um pequeno artefato explodindo na cabine de comando preserva intacto o resto da aeronave, provocando, porém, sua queda, conclui-se que a interpretação é uma idiotice. O piloto também pode ter descarregado os tanques para diminuir um impacto iminente. Aliás, é esse o procedimento padrão de um pouso de emergência.

Coincidência ou não, na semana passada o governo brasileiro (até Lula deu declarações a respeito) se esforçou em apagar a presença de células de Al Qaeda no Brasil, atraídas pela magnanimidade do Itamaraty e do Ministério da Justiça.

A hipótese de um atentado, mesmo para quem a reputa improvável, já que “Deus é brasileiro”, colocaria nessa altura em pauta o terrorismo e a insanidade de certos ministros (ex-guerrilheiros). Claro, o governo quer evitar entrar em campo como bola da vez, prefere chutar a bola francesa.

A versão de acidente, que desabridamente os jornais nacionais defendem, não pode comover ninguém nessa altura das investigações. Um gesto de terrorismo ou uma insanidade total de um desafortunado estão longe de poderem ser descartado como causa do desastre.

Se não tiver sido jogado para baixo, será o primeiro desse porte e dessa consistência a cair tão inexplicavelmente.

Nesse caso, é melhor rever por inteiro o projeto A330, a aeronave mais segura em circulação.

EM TEMPO:

O escritório da Air France na Argentina, recebeu no dia 27 de maio um telefonema, informando que havia uma bomba no avião 415 que sairia às 17h05 de Buenos Aires para Paris.

4 dias depois desse telefonema, o avião A330 da Air France com destino a Paris desapareceu dos radares, logo que saiu das fronteiras brasileiras, sem emitir nenhum sinal de socorro.

Especialistas em aeronáutica disseram aos jornais Daily Mail, The Sun e Le Fígaro, que a causa mais provável da queda do avião foi a explosão de uma bomba. Já os ministros de Defesa, Hervé Morin e das Relações Exteriores Bernard Kochner da França, afirmaram que nenhuma hipótese está descartada.

Um comentário:

Wilasher disse...

Bom pelo menos ver seu blogger é saber que é feito por um rapaz é uma mostra de que ainda tem jovens que pensam e não vivem só para farra.

Parabéns pelos seus artigos.