Do novo presidente da Câmara, Michel Temer (SP), em entrevista à Folha de S.Paulo:
Qual será o impacto na decisão do PMDB na sucessão de 2010 das eleições do sr. para presidir a Câmara e de Sarney para comandar o Senado?
MICHEL TEMER - Diz-se que o PMDB ficou muito forte porque ganhou as duas Casas. Mas, na verdade, o partido é forte porque elegeu muitos prefeitos, vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores e governadores. Tem presença nacional. Na Câmara, fui eleito por uma conjunção de partidos. Era o candidato de 14 partidos. Não creio que essa eleição tenha influência direta em 2010.
As alas do PMDB da Câmara e do Senado têm divergências desde 1995. Com as eleições do sr. e de Sarney, a tendência é continuar a guerra?
TEMER - A divergência mais acentuada foi superada com a minha eleição para a presidência do partido um ano atrás. Vez ou outra, há rusgas. Mas a minha eleição e a de Sarney mostram que é preciso manter a unidade para chegarmos fortes em 2010.
FOLHA - Se a eleição presidencial estivesse próxima e o PMDB tivesse de fazer convenção, que candidato escolheria? Serra, Dilma ou Aécio?
TEMER - Sairia dividido. Por isso temos de tratar desse assunto no final de 2009, começo de 2010, com unidade absoluta do partido. O PMDB terá presença política no país se estiver realmente reunificado.
FOLHA - Não há hoje uma tendência pró-Dilma?
TEMER - Temos hoje uma relação forte com o governo Lula. É provável que o PMDB possa caminhar para o candidato ou candidata do presidente Lula.
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