quinta-feira, 16 de abril de 2009

Qual o futuro da telefonia celular?

As operadoras de celulares estão vivendo um grande dilema. Há uma bolha prestes a estourar, pois a demanda por banda larga está superando os investimentos.

E é com esse desafio que Paulo César Pereira Teixeira, Vice-presidente Executivo de Operações da Vivo, explicou como a sua empresa está lidando com as mudanças, o que precisou ser modificado nas políticas da empresa para se adequar a este novo mundo digitalmente conectado.

A palestra de Paulo César foi dividida em quatro tópicos, explicados detalhadamente nas próximas linhas:

Mercado 3G

Novidade no Brasil, a internet em terceira geração (3G) está se consolidando, apesar de representar um número baixo em relação a outros países. Porém, em termos de acesso da população à telefonia celular, o Brasil está quase chegando aos 80% de usuários de aparelhos móveis, bem perto dos EUA, que possui 84,4%.

Apesar de possuir muitos celulares espalhados no território nacional, apenas 2,1% do acesso à banda larga é feito por dispositivos móveis. Países como Espanha e EUA possuem 37,2% e 28,4%, respectivamente.

Mas vamos pensar: Com tantos celulares no Brasil, aproximadamente 150 milhões segundo a Anatel, o Brasil possui um grande potencial para a propagação das redes 3G.

O governo pode fazer sua parte com incentivos fiscais e as empresas com pesquisas de investimento, pois todos sairão ganhando, inclusive o consumidor.

Essa demanda por banda larga é útil para as empresas especializadas no ramo, pois a venda de notebooks e celulares irá aumentar vertiginosamente.

Fatores críticos para a universalização do 3G no Brasil

Diversos fatores são importantes para a universalização do 3G no Brasil, todos foram listados por Paulo Teixeira:

1. Devices (aparelhos) = Nunca se produziu tantos aparelhos tecnológicos como nos dias atuais. Milhares de modelos de celulares são lançados por ano, somados com eletrodomésticos, convergências entre diversos produtos graças a tecnologia, todos esses fatores fazem com que a demanda por conectividade aumente exponencialmente, uma ótima chance para as empresas investirem em infraestrutura e lucrarem com este quadro.

2. Atendimento = O consumidor moderno não é mais passivo, pelo contrário, é proativo. Com a internet, o boca-a-boca alcançou níveis inimagináveis, e uma pessoa insatisfeita pode atrair milhares de outras para sua causa.
Pensando nisso, as empresas precisam investir em call centers modernos, atenciosos e que tenham especialistas no assunto.

3. Conteúdos = Outra característica do consumidor moderno é exigir conteúdo, pois ele também se tornou criador e divulgador do que a empresa fará. Faça conteúdo diversificado e criativo que o sucesso virá naturalmente.

4. Serviço = O cliente não se preocupa só com produtos, oferecer serviços patrocinados pelas empresas também é lucrativo. O nome disso é Marketing Social, e assim você poderá atrair usuários fiéis, principalmente na internet.

5. Cobertura/Rede = Uma das maiores - senão a maior - preocupação das empresas que trabalham com tecnologia móvel. As frequências que são usadas para conectar os aparelhos à rede são limitadas, ou seja, o uso por muitas pessoas pode comprometer a experiência do usuário.

Por isso é pensamento constante das empresas usar outras frequências, sem que haja interferência e que tenha modernização.

Considerações finais

A telefonia móvel é um importante fator para o desenvolvimento social e a banda larga móvel será a propulsora da universalização do acesso à internet no Brasil. Acessar a internet pelo celular se tornou uma utilidade para pessoas e empresas, algo praticamente trivial. E cada vez mais as pessoas irão ver importância nesse acesso, fazendo a demanda subir exponencialmente, e demanda significa necessidade de infraestrutura.

Cada vez mais as pessoas estarão conectadas e utilizarão os celulares para isso, e para garantir os investimentos no setor, a legislação deve acompanhar as necessidades de faixas de banda das operadoras.

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