sábado, 7 de março de 2009

Em dia de garçom, Leo Moura ajuda o Flamengo a vencer o Cabofriense

Rubro-Negro estreia na Taça Rio com 3 a 1 no Maracanã, em atuação marcada por vaias da torcida a Juan, e ótimos passes do ex-lateral-direito

Os menos de 13 mil torcedores que foram ao Maracanã não esperavam tanta emoção. Num jogo em que teve altos e baixos, o Flamengo venceu por 3 a 1 o Cabofriense, neste sábado, na primeira rodada da Taça Rio graças a Leo Moura, que mesmo deslocado para o meio-campo caiu várias vezes na lateral direita e deu os passes para todos os gols. O time Rubro-Negro passou sufoco em alguns momentos, numa partida marcada pelas vaias ao lateral-esquerdo Juan, um dos ídolos recentes da Gávea.

Com o resultado, o Fla fica na segunda posição no Grupo B com três pontos, atrás do Boavista, que venceu o Duque de Caxias por 3 a 0 e tem melhor saldo de gols. Na próxima rodada, quarta à noite, o time de Cuca enfrenta o Caxias em Xerém. O Cabofriense recebe o Boavista em seu campo.

Desde o início da partida, o Flamengo buscou as laterais como a melhor opção para chegar ao ataque. Com isso, Everton Silva, auxiliado por Leo Moura, e Juan eram os jogadores mais acionados nos primeiros minutos. O Rubro-Negro, entretanto, falhava no último passe, não conseguindo concluir a gol com qualidade.

Do outro lado, o Cabofriense não parecia muito intimidado, e tentava sair para o ataque em velocidade com o trio formado por Fabinho, Anselmo Ramon e Maciel. A defesa rubro-negra se livrava com chutões.

Embora o Flamengo trabalhasse bem as jogadas, foi de um lance individual que o primeiro gol nasceu. Zé Roberto deu uma bela arrancada pelo lado esquerdo e, no momento de driblar, se chocou com um adversário perto da linha da grande área. O árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou falta. Leo Moura cobrou com perfeição na cabeça de Douglas, que subiu para abrir o placar aos 15 minutos. O Cabofriense reclamou que o zagueiro rubro-negro teria se apoiado em Demerson no momento da cabeçada.

Mesmo com a vantagem, o Fla manteve o ritmo e continuou pressionando o Cabofriense, usando sempre as jogadas em velocidade pelas pontas. Mas, em determinado momento, o público virou as costas para o campo, pois acompanhava uma confusão entre policiais e membros de uma torcida organizada rubro-negra. O tumulto provocou correria na arquibancada, e os faixas e instrumentos foram recolhidos.

Restabelecida a calma, os torcedores puderam vibrar novamente com o Flamengo, que criou uma jogada de perigo aos 33 minutos. Depois de uma boa troca de passes, Juan cruzou para Leo Moura, que entrou para concluir de carrinho, mas, mesmo debaixo das traves, não tocou em cheio na bola.

A equipe manteve o domínio até o fim do primeiro tempo, mas diminuiu o ritmo e a velocidade. A torcida ainda chegou a vaiar Juan, que foi um dos jogadores mais acionados do Rubro-Negro na primeira etapa.

E foi do lateral-esquerdo o primeiro bom lance do segundo tempo. Aos quatro minutos, ele cobrou uma falta que exigiu boa defesa do goleiro Flávio. Mas foi só o camisa 6 errar um passe que as vaias aumentaram. Na frente, a irritação era com Josiel, que se atrapalhava com a bola e ouvia o coro de “Obina” da arquibancada.

E para completar o cenário, o Cabofriense empatou a partida aos oito minutos. Num lance que começou com Juan perdendo a bola no meio, o time da Região dos Lagos avançou em velocidade pelo seu lado direito com Valdir, que chegou até a linha de fundo e cruzou rasteiro para Anselmo Ramon escorar para o gol.

Logo em seguida, Cuca realizou a primeira substituição, trocando Juan por Kleberson. O lateral saiu de campo claramente insatisfeito, sem olhar para o treinador, e muito vaiado. Mas antes de o pânico tomar conta do Maracanã, o Rubro-Negro voltou a ficar à frente no placar. Leo Moura foi à linha de fundo e cruzou para Ibson, que, na marca do pênalti, completou para o gol, fazendo 2 a 1, num lance típico de centroavante, que Josiel e Obina não têm conseguido fazer.

A partir de então, o jogo ficou ainda mais aberto, com as duas equipes buscando o ataque. O Cabofriense assustou aos 19 minutos, quando Guido cobrou falta com violência, exigindo uma grande defesa de Bruno. O Fla deu o troco num contra-ataque que não terminou em gol porque Leo Moura e Kleberson se enrolaram no momento da concluir.

A torcida voltou a vibrar quando Cuca chamou Obina para entrar em campo, aos 28 minutos. Ele entrou no lugar de Ibson, que saiu de campo muito aplaudido. Bem diferente de Josiel, vaiado, que lugar a Everton. Até o fim da partida, o Flamango continuou sofrendo perigo quando o adversário atacava pelo lado direito.

O xodó rubro-negro não fez muito diferente do titular, mas a defesa era garantida por Bruno, que aos 41 minutos evitou o empate do Cabofriense, num chute de Roberto da entrada da grande área. O Fla, no entanto, se garantiu de vez aos 44 minutos, depois que Leo Moura acertou novo cruzamento na cabeça de Everton, que marcou o terceiro.

Fonte - G1

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