Quem não quer um carro zero quilômetro por dois mil dólares ou R$ 4.600? E isso não é o valor da entrada, mas preço total automóvel, quase seis vezes mais barato do que o quatro rodas mais acessível no Brasil, o Uno Mille. Nesta segunda-feira, em Mumbai, capital financeira da Índia, o bilionário Ratan Tata, lança, com quase um ano de atraso, o Nano, o carro mais em conta do mundo.
Mas não fique com inveja. Se os planos seguirem como eram no início, em algum tempo o carrinho estará nas ruas brasileiras. Tata planeja construir, tão rápido quanto possível nestes tempos de crise, uma fábrica na Argentina para inundar a América do Sul com seu produto. Na Europa, o pequeno automóvel chegará no ano que vem ou em 2011. Só que lá, o custo deve se aproximar dos R$ 13 mil, devido às exigências da UE em relação a alguns equipamentos de segurança e filtros que reduzam a emissão de gases na atmosfera. Coisa ainda inexistente por aqui, entre nossos vizinhos, e mesmo na Índia, a pátria-mãe deste mini.
O projeto de Tatá consumiu US$ 350 milhões em pesquisas e seu lançamento foi atrasado em quase um ano porque a montadora teve que fechar uma fábrica pronta em Bengala em razão dos protestos de camponeses enfurecidos com o uso de suas terras pela Tata Motors.
Na sua versão mais básica, o Nano não possui vidros elétricos, ar-condicionado, direção hidráulica e seu motor se assemelha a de uma motocicleta média, capaz de desenvolver até 120Kms/h.
Sobre o Brasil, numa de suas entrevistas, Ratan Tata foi enfático:
-É um dos mercados que nos interessam. É um mercado óbvio, assim como a Argentina, a Indonésia, a Malásia e alguns países africanos.
A Tata Motors pode firmar acordos na América do Sul com a Fiat para a distribuição de seu novo lançamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário